Embora os animais domésticos possam ser tratados também com medicamentos de uso humano, o mesmo não ocorre com produtos à base de canabidiol (CBD). A prescrição medicinal da cannabis por médicos veterinários ainda não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e requer autorização judicial em casos específicos.

A recomendação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) é que, antes de prescrever o tratamento com seus derivados, o médico veterinário delimite de forma objetiva o diagnóstico do paciente, leve o caso ao Judiciário e obtenha autorização judicial para realizar a prescrição necessária ao tratamento, garantindo, assim, a segurança jurídica do exercício profissional.

Instituições também podem obter autorizações judiciais para cultivo e pesquisa da planta no tratamento veterinário, caso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em dezembro do ano passado, foi a primeira instituição de ensino superior do país a obter uma medida judicial que lhe permite produzir todos os insumos para a pesquisa da aplicação da cannabis na medicina veterinária.