Golpes financeiros em hospitais

A justiça fluminense vem recebendo diversas demandas que envolvem golpes em hospitais. Aproveitando-se da fragilidade emocional de familiares e pacientes, golpistas têm ligado para parentes de pessoas internadas se passando por funcionários de hospitais e de convênios médicos.

Em busca de reparação pelos prejuízos materiais sofridos, algumas vítimas têm manejado ações cíveis em desfavor de nosocômios, partindo da percepção de que os mesmos compartilhariam a responsabilidade pelo dano material experimentado.

A Abramge reforça que as operadoras efetuam cobranças de acordo com o que está previsto e coberto pelo contrato assinado, via forma de pagamento escolhida pelo beneficiário, inclusive as coparticipações (se aplicável).

Em um destes casos, os demandantes afirmaram que seu familiar se encontrava internado em determinado hospital particular quando receberam uma ligação, pelo telefone do quarto, de suposto médico que dizia ser necessária a administração de um medicamento específico.

De acordo com o tal médico, o medicamento contornaria um iminente agravamento do quadro do paciente e que a aplicação da droga não poderia aguardar o burocrático processo de autorização pela operadora de planos de saúde. Este suposto médico ainda garantiu que o valor seria reembolsado posteriormente.

De acordo com os demandantes, o tal médico detinha informações privilegiadas – pois sabia o nome da paciente, seu diagnóstico e detalhes a respeito do quadro clínico. O nosocômio, em sua defesa, conseguiu demonstrar que a paciente e seus familiares foram exaustivamente alertados a respeito deste tipo de golpe, inclusive com alertas em prontuários e orientações assinadas pela paciente.

Infortunadamente este tipo de golpe tem sido cada vez mais frequente e é mais um sintoma de um problema crônico de segurança pública, cuja solução demanda esforços estatais – aos hospitais cabe a orientação e o alerta aos usuários de suas dependências.

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