No final de março, empresários e especialistas em tecnologia de vários países divulgaram uma carta em que pedem a interrupção e posterior implementação de protocolos de segurança no desenvolvimento de inteligências artificiais. O receio, de maneira geral, é na disseminação de informações falsas e na ameaça a empregos em diversas áreas, considerando especialmente os chatbots, programas que recriam o diálogo entre pessoas, sem a impressão de que o usuário está, na verdade, interagindo com uma máquina.
Outra polêmica com a inteligência artificial envolve a criação intelectual, uma vez que os robôs podem abordar diferentes domínios do conhecimento, como escrever livros ou compor músicas. Alguns autores, no entanto, apontaram a existência de plágio já que os chatbots precisam recorrer a variadas fontes de informação previamente existentes. Embora atualmente a ferramenta seja considerada um protótipo, traz desde já discussões sobre ética e proteção dos direitos autorais.
Por estar em desenvolvimento, usuários avaliam que os conteúdos textuais e de imagem criados por chatbots ainda requerem melhorias, dependendo da supervisão de profissionais reais. As empresas, por sua vez, precisam ter cuidado com a adoção da ferramenta, pois a lei que dispõe sobre os direitos autorais, no Brasil, trata apenas das obras intelectuais resultantes de “criações do espírito”, deixando uma lacuna sobre a autoria do que for produzido pela inteligência artificial.