Até novembro de 2022, o Brasil registrava cerca de 31 milhões de beneficiários em planos exclusivamente odontológicos, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No período de um ano, foram mais de 2,2 milhões de novas adesões, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os Estados com maior crescimento em números absolutos.
De acordo com a ANS, o crescimento do número de beneficiários em planos
odontológicos pode ser atribuído às dificuldades de acesso aos serviços públicos e à potencialidade de nichos de mercado a serem explorados. Dados compilados pela Associação Brasileira de Planos Odontológicos (Sinog) mostram que o Brasil registra um dos melhores percentuais entre número de dentistas disponíveis e pessoas assistidas, mas o acesso aos consultórios é geograficamente dificultado à população.
A região Sudeste, por exemplo, concentra grande parcela das clínicas odontológicas, com aproximadamente 52% do total. A distribuição desigual do acesso à saúde bucal é reforçada pelo IBGE ao afirmar que mais da metade da população não vai ao dentista com a regularidade necessária.
Conforme esclarece a Sinog, esse panorama reforça a importância dos planos odontológicos na promoção do acesso à saúde dos dentes e a retomada dos cuidados com a boca, principalmente por meio da prevenção. Para 2023, a tendência é de continuidade no crescimento, especialmente com a não obrigatoriedade de uso de máscaras faciais e a volta da preocupação com a estética do sorriso.