O turismo foi apenas um dos setores fortemente afetados pela pandemia. Após a fase de isolamento social, a procura por destinos nacionais e internacionais volta a ganhar força, elevando a contratação de seguro-viagem, serviço que torna os deslocamentos e estadias mais tranquilos aos viajantes.

De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o seguro viagem apresentou forte recuperação no primeiro trimestre em virtude da retomada de voos internacionais com a redução das restrições impostas pela maioria dos países. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a modalidade cresceu 219%.

Mas os últimos anos mudaram a preocupação do segurado; se antes a intenção seria proteção contra o extravio de bagagem e cancelamentos, hoje a saúde ganha destaque, incluindo despesas farmacêuticas e casos de hospitalizações prolongadas. Essa mudança no interesse traz oportunidades e cautela às empresas, especialmente em casos positivos de #covid19 após a chegada ao destino.

Mesmo com a mudança de classificação de pandemia para endemia, as cláusulas de exclusão de coberturas da doença, desde que previstas nos contratos de seguros, permanecem válidas. Ainda que com gravidade menor, a #covid19 pode impactar o setor de turismo por muito tempo.

Enquanto os viajantes retomam a segurança em roteiros dentro e fora do Brasil, o seguro-viagem se torna um incentivo aos deslocamentos de lazer e negócios, tranquilizando passageiros e aquecendo, aos poucos, o setor. Levantamento da FecomercioSP mostra que, no mês de janeiro, a aviação cresceu 60,6% em relação ao mesmo período em 2021. Contudo, o setor aéreo apresentou um faturamento 13,6% inferior ao patamar pré-pandemia.

A entidade acredita que, mesmo com o cenário sanitário mais favorável, é importante ressaltar que os juros e a inflação elevados devem diminuir o ritmo de alta do setor. Neste momento, viajantes e seguradoras precisam alinhar realidades e expectativas para que o equilíbrio seja em breve alcançado.